Fundo Amazônia destinará quase R$124 milhões a 19 projetos de recuperação ecológica de territórios indígenas
25 de novembro de 2025

Anúncio foi feito no estande do Círculo de Povos, na Zona Verde da COP30
Rafael Silva / BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) divulgaram nesta sexta-feira, 21, na COP30, em Belém (PA), o resultado da terceira seleção pública de propostas apoiadas pela iniciativa Restaura Amazônia, que conta com R$ 450 milhões do Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES em parceria com o MMA.

Nesse terceiro bloco de editais, foram selecionados 19 projetos de apoio à restauração ecológica e fortalecimento da cadeia produtiva da restauração em terras indígenas na Amazônia Legal, somando mais de 3,3 mil hectares em 26 Terras Indígenas na região do Arco da Restauração, distribuídas pelos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão. O Restaura Amazônia representa um dos maiores esforços de restauração ecológica já realizados no país.

"Quando a gente fala em restauração de florestas, a gente tá falando da reposição da floresta, que foi subtraída desses territórios por invasores, seja com uma restauração produtiva, para gerar renda, para ter mais segurança alimentar, para ter mais resiliência desses territórios ou uma restauração ecológica para que a gente passe esse saber ancestral de cultivar a floresta", afirmou o Superintendente da Área de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também participou da divulgação dos resultados e citou a importância da participação internacional na proteção florestal. "A gente espera que os líderes globais entendam que não há como pensar soluções para a crise climática se não incluir todos e todas que protegem e cuidam da biodiversidade. Não tem como encontrar soluções efetivas se não incluir essas diferentes vozes. Esta COP aqui na Amazônia, em Belém, está consolidada como a COP com a maior e melhor participação indígena, comunidades tradicionais e afrodescendentes", destacou.

Juntas, as 19 propostas receberão R$123,6 milhões de apoio do Fundo Amazônia para restaurar uma área total de 3.380 hectares. "Esses recursos e ações, diretamente do Fundo Amazônia, são uma prestação de contas à sociedade brasileira e o resultado do trabalho, do esforço dos servidores, de povos e comunidades tradicionais, do combate ao desmatamento", comemorou Edel Moraes, Secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável (SNPCT) do MMA.

"Não é uma questão simplesmente de restauração da vegetação, mas é fazer com que o território tenha a continuação das suas sementes tradicionais, da sua vegetação nativa, da sua forma de cuidar da terra. Então, significa muito mais que restauração ecológica. Significa a vida dos povos indígenas serem reafirmadas nesses territórios, serem continuadas com as suas práticas tradicionais, seu manejo, seu uso da terra", disse a presidenta da Funai, Joenia Wapichana.

“O Restaura Amazônia é uma iniciativa de larga escala para plantar árvores nativas e evitar que a floresta atinja um ponto de não-retorno de devastação”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Essa iniciativa é ponto central do Arco da Restauração, que, além de regenerar áreas degradadas, cria um cinturão de proteção para deter o desmatamento”.

Saiba mais sobre a terceira etapa do Restaura Amazônia

Link original: COP30

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